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No último Sábado pela manhã fiz exposição dos textos abaixo de Joel 2:13 e Mateus 6:6. Neles Deus me abriu o entendimento para observar que, eventos do tipo "rasgar as vestes", que eram o modo utilizado no passado para demonstrar extrema indignação, são semelhantes às formas de expressão que hoje utilizamos diante de público, ou seja, nosso comportamento quando estamos a sós é diferente do comportamento em meio às pessoas.
Isso deve nos chamar a atenção, pois, o que somos é o que as pessoas não observam, sendo assim, se cremos que há um Deus onisciente e onipresente, não deveríamos nos preocupar como nos vê as pessoas, mas, como Deus nos vê.
De modo que, fora dos olhares humanos os erros que cometemos podem não atingir diretamente a outros, mas, ofendemos a Deus com nossos pecados.
A Bíblia diz a respeito de sermos luz (Mateus 5:14), e, usando uma ilustração que me chegou agora, quanto mais há luz, menos alguém conseguirá observar o foco ou forma do que a originou, entretanto, será beneficiado pelo resultado da mesma, desse modo, não devemos aparecer, quando isso ocorre significa que somos nós, e não Cristo que está em evidência.
Em Joel 2:13 o Senhor exorta através do profeta a respeito de uma mudança profunda e interna, e não externa. Leiam o texto:
"Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor, vosso Deus, porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal."
Se lerem o capítulo todo, poderão observar a antagônica ação do povo, que é, em simples palavras, dizer uma coisa e fazer outra.
Diga você consigo mesmo. Quantas vezes quis mudar e não conseguiu?
Não somos assim, vejamos:
No oculto, fora da vista das pessoas, e, ou, após leitura de trechos bíblicos, meditação e reflexão a respeito da sua própria vida, vendo vídeos, indo a igreja, entendemos e vemos que Jesus é o único caminho, logo após, arrependidos das nossas más obras; mas, em frente a amigos, colegas, e outras pessoas, fazemos diferente do que gostaria de agir.
Ora, a oração popular o "Pai Nosso", têm como pré orientação orar em oculto.
Longe dos olhos de outros poderemos expor palavras que rasguem o coração.
Agora, talvez você pergunte: -Quais palavras são essas? E eu digo:
São aquelas que dizemos na dor, seja ela da perda de uma pessoa que ama, da distância de um ente querido, de uma enfermidade acometida, sonhos frustrados, do reconhecimento de pecado cometido, da humilhação diante de uma injustiça, e a lista segue.
Em segredo estamos nus diante de Deus, de modo que não há mentiras, só a franqueza reina. Leiam o texto abaixo:
Mateus 6:6 "Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. 8 Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais".
Para finalizar deixo o registro do pensamento que eu tinha antes mesmo de pensar na opção da vida cristã.
Em meu quarto, quando adolescente, após muitas conflitos internos, e não conseguindo entender as mazelas do mundo, às quais, muitas delas me alcançavam.
Em uma época em que, tinha certeza que as pessoas ao meu redor (um bando de "roqueiros", familiares, amigos), não sabiam o quanto sofria, não tendo naquele modo de vida mundano a satisfação que procurava. Sendo assim, era alguém deles, mas no oculto outro. De modo que, quando decidi por um caminho de fé, foi algo impressionante a todos eles, mas, vi o cumprimento de uma oração feita naquele quarto, que era:
Não quero ser mais prego do mundo, recebendo pancadas constantes, e, sim, ferramenta nas mãos de Deus.
O caminhar na fé cristã é árduo, mas tenho sido quebrantado e convertido a cada dia, como sinal de que Deus é o que cumpre sempre a promessa, independente de sermos capazes de cumprir a nossa.
Quero dizer com isso que, Ele afia a ferramenta quando a mesma está sem corte.
Ele sabe o que necessitamos antes de pedir a Ele, basta falarmos a nós mesmos o que queremos de nós. Basta a nós, no oculto, rasgar o coração, com palavras e ações que revelem um real fruto de arrependimento e início de conversão.
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