
Me deste um conjunto de cores, lápis, pincéis e tintas, pastéis, borrachas, esfuminho. O necessário para a obra.
Estava a usar cores vivas, tons quentes, meus traços eram fortes e bem definidos.
Mas, muitos artistas mudam a tendência que produzem e materiais a usar para expressar sentimentos, conforme o humor que há.
Já não há abstração, um amor me disse que não há beleza em abstrair.
Então, deixei claro o que é belo, pois beleza há. Talvez a natureza morta esteja viva depende do olhar.
Ao fechar os olhos vi a cena colorida de tons vermelho, o carmesim, cor dura, cara, difícil de encontrar.
Por enquanto deixei as cores, mas não significa que cores não há, me entristeci ao perceber que uma de minhas cores já não está lá.
Lembrei. Tomaste para si sua cor. E ao deixar de pintar, sem falar, em meu interior questionei por que a tomar.
Esqueci que são suas as cores que estou a usar. Mas, não são luzes que em tua habitação existem, qual importância há em cores?
Na minha ignorância esqueci que só há cores por luz haver lá.
Continuarei a colorir debaixo de suas luzes, realce as cores que ainda existem aqui.
Irei pincelar palavras, atos, terminar o quadro da beleza que fizeste brotar em mim.
Até que seja cor junto a outras cores minha amada cor que perto de ti está.
Comentários